Dólar alto não assusta grávidas que compram enxoval nos EUA
23 de setembro de 2015
Existe um tipo de consumidor que não se assusta com o dólar nas alturas: são as grávidas. A despeito dos dados do Banco Central indicarem uma queda nos gastos dos brasileiros no exterior, as gestantes continuam montando seus enxovais lá fora, segundo personal shoppers.
Ávidas por novidades e interessadas em comprar produtos que custariam muito mais no Brasil, elas desembolsam de US$ 4.000 a US$ 6.000 para montar o enxoval. A conta foi feita por personal shoppers de grávidas de brasileiras _ empresas especializadas em montar a lista de compras e levar as clientes às lojas.
Talu Adjuto, proprietária do Mamãe em Miami, diz que a vantagem dos preços em relação aos do Brasil explicam o interesse pelas compras de enxoval nos EUA.
Entre os produtos mais buscados pelas grávidas nos EUA estão os carrinhos de bebê, babás eletrônicas e materiais plásticos, como mamadeiras e chupetas.
Apesar dos gastos elevados, as grávidas estão selecionando mais suas compras com esse cenário de dólar valorizado.
“Não houve queda no fluxo de cliente. O que ocorreu foi uma mudança no perfil das compras realizadas. Agora as mamães e papais evitam o que chamamos de mimos, que são produtos legais, mas não essenciais para o enxoval”, diz Priscila Goldenberg, que trabalha como personal shopper de enxoval de bebê nos EUA desde 2009.
Segundo ela, também houve uma mudança no perfil de carrinhos que as clientes levam. “O carrinho que estão comprando é de um valor intermediário”, afirma Priscila.
E COMO FUNCIONA ESSA CONSULTORIA DE COMPRAS?
Se você quiser consultar uma personal para fazer suas compras precisará contratá-las. Elas cobram pelo atendimento, que pode durar de meio período a até dois dias de compras.
Em contrapartida, elas prometem atendimento personalizado para focar suas compras, levam até as lojas e conseguem descontos em algumas.
Priscila diz que percebeu que as grávidas brasileiras tinham dificuldade para fazer suas compras.
“Via muitas mamães e papais brasileiros sem orientação nas lojas de Miami. Sempre com uma lista nas mãos. Ao encontrarem tamanha variedade, ficavam perdidos, pois há muitas opções e marcas, além de produtos inexistentes no mercado brasileiro. Ofereci ajuda por duas vezes e percebi a oportunidade de profissionalizar e criar a consultoria”, diz.